Saiba o que é psoríase e quais os tratamentos para essa doença
A psoríase é uma doença de pele crônica e não contagiosa relativamente comum. Ela possui caráter cíclico, ou seja, seus sintomas aparecem, desaparecem e reaparecem um tempo depois.
Estima-se que entre 1% e 3% da população mundial seja portadora da doença – segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Isso equivale a mais de 125 milhões de pessoas. Sendo que, somente no Brasil, esse número chega a 5 milhões.
Saiba abaixo o que é psoríase, o que causa o problema e seus principais sintomas. Confira, ainda, como é realizado o diagnóstico e o tratamento. Boa leitura!
O que é psoríase?
É uma doença inflamatória que acomete igualmente homens e mulheres. Ela se desenvolve geralmente entre os 15 e 35 anos. Porém, não é uma regra. Tanto que cerca de 15% dos portadores adquirem antes dos 10 anos.
A doença se manifesta principalmente através de lesões cutâneas, como placas espessas, bem delimitadas, avermelhadas e acompanhadas de descamação. Esse tipo é conhecido como psoríase em placas, que acomete de 80% a 90% dos pacientes.
As placas podem aparecer em qualquer parte do corpo, porém os locais mais comuns são:
Cotovelos;
Joelhos;
Mãos;
Pés;
Unhas;
Couro cabeludo;
Região lombar.
Durante a evolução da doença, as lesões podem mudar de tamanho, localização e forma. Além das placas, a psoríase apresenta outros sintomas. Eles variam de paciente para paciente e conforme o estágio e tipo da doença.
Os mais comuns são:
1. Pele ressecada e rachada, às vezes acompanhada de sangramento
2. Coceira, queimação e dor local;
3. Inchaço e rigidez nas articulações;
4. Unhas grossas, descoladas e com depressões puntiformes.
Nos casos moderados da doença, os sintomas podem causar um leve desconforto. Em contrapartida, quando grave, pode ser doloroso e provocar alterações que afetam diretamente na autoestima.
As causas da psoríase são desconhecidas, mas é possível que ela tenha relação com;
Sistema imunológico;
Interações com o meio ambiente;
Questões genéticas.
É necessário ainda que vários fatores atuem em conjunto para levar ao seu surgimento. Acredita-se que seu desenvolvimento inicia quando as células responsáveis pela defesa do organismo (linfócitos T) liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos. Essa ação leva o sistema imunológico a responder, dilatando os vasos sanguíneos.
Esse ataque às células resulta no aumento na sua produção, elevando a quantidade de escamas devido a sua imaturidade. Junto a isso, as células mortas não conseguem ser eliminadas totalmente, formando manchas escamosas e espessas na pele.
A hereditariedade também tem um papel fundamental. Filhos de pais com psoríase possuem mais chances de desenvolver o distúrbio. Apesar dessa predisposição genética, é necessária a influência de outros fatores agravantes, como:
Estresse emocional;
Trauma físico, como tatuagem e queimadura;
Exposição solar excessiva;
Obesidade;
Consumo de bebida alcoólica;
Tabagismo;
Contato com clima muito seco e frio;
Infecções, em especial as que afetam a garganta;
Deficiência de vitamina D;
Uso de alguns medicamentos.
Para evitar que a psoríase prejudique a qualidade de vida, é essencial realizar o diagnóstico precoce da doença. Logo, aos primeiros indícios dos seus sintomas, é essencial procurar ajuda especializada e iniciar o tratamento adequado.
Devido aos sintomas bem característicos, não é necessário realizar exames específicos para diagnosticar a doença. Geralmente, basta o dermatologista examinar a pele afetada para determinar a sua presença.
Em alguns casos, o médico retira uma pequena amostra de pele - exame conhecido como biópsia - e envia para uma análise minuciosa. Com isso, consegue determinar exatamente a psoríase e excluir outros problemas de pele que apresentam sintomas parecidos, como dermatite seborréica e pitiríase rósea.
O diagnóstico preciso da doença é importante não somente para conter o seu avanço e minimizar os sintomas. Mas também porque os portadores de psoríase possuem propensão maior de apresentarem outras doenças, como:
Artrite reumatoide;
Hipertensão arterial;
Diabetes;
Obesidade.
Assim, se a doença for detectada precocemente, é possível iniciar o tratamento adequado o quanto antes. Apesar da psoríase não ter cura, é possível gerenciar os sintomas e ter uma vida normal.
A indicação do tratamento depende do tipo e da gravidade, assim como idade e sexo do paciente. Há 4 tipos de terapia mais comuns. São eles:
1 – Tópico
2 – Sistêmico
3 – Biológicos
4 – Fototerapia
A fototerapia é um tratamento mais delicado e que requer supervisão e acompanhamento de um profissional especializado. Nele, o paciente é exposto à luz ultravioleta de forma periódica.
Nos casos leves de psoríase, costuma ser recomendada a hidratação da pele, aplicação de medicamentos tópicos nos locais afetados e expor-se ao sol diariamente. Essas ações já são suficientes para melhorar o quadro clínico e acabar com os sintomas.
Nos quadros moderados, o tratamento mais comum envolve a exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B (banda estreita). Essa modalidade terapêutica é conhecida como Puvaterapia e oferece resultados satisfatórios.
Já os pacientes com psoríase grave precisam realizar terapias com medicação oral ou injetável para que a doença seja contida.
Há, ainda, outras medidas relacionadas ao estilo de vida que, aliadas aos demais tratamentos, podem melhorar o quadro ou evitar que ele piore. São elas:
1. Adotar uma alimentação balanceada;
2. Hidratar-se;
3. Praticar atividades física;
4. Deixar de fumar;
5. Controlar o estresse.
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A psoríase é uma doença sem cura, mas que pode ser controlada. Logo, é importante ficar atento aos sinais. Ao reparar algum dos seus sintomas, procure um dermatologista imediatamente. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mas fácil e efetivo será o tratamento.
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