O que é tricologia e quando procurar um especialista na área!

Gláucia Labinas • 14 de outubro de 2024

Você já se perguntou por que seus cabelos caem mais do que o normal, ficam com aparência opaca ou o couro cabeludo está constantemente irritado? Muitas vezes, esses sinais estão ligados a condições específicas que merecem atenção profissional. A tricologia é a área da saúde voltada justamente para entender, diagnosticar e tratar esses problemas.


O aspecto dos fios de cabelo costuma estar diretamente ligado com a nossa autoestima. Entretanto, muitas pessoas sofrem com problemas capilares para os quais não dão a devida atenção. A calvície é um dos exemplos mais comuns. 


O que fazer quando sua saúde capilar começa a enfraquecer? Para onde recorrer? É nesse cenário que a tricologia mostra-se como uma solução. Neste artigo, você vai entender o que é a tricologia, quais são as doenças mais comuns tratadas por essa área, como funcionam os tratamentos e quando é o momento ideal para buscar ajuda.
Continue a leitura e descubra como cuidar dos seus cabelos com mais conhecimento e segurança.


O que é tricologia?


Tricologia é a área da dermatologia voltada para o
cuidado dos cabelos e do couro cabeludo. O nome vem do grego trikhos, que significa “cabelo”. Seu objetivo é investigar de forma profunda os motivos por trás de queixas como queda capilar, afinamento dos fios, excesso de oleosidade, caspa persistente ou inflamações na região. A partir desse diagnóstico, são indicadas estratégias de tratamento, respeitando as necessidades de cada paciente.


Profissionais com formação em tricologia podem atuar nesse campo, incluindo dermatologistas com especialização e terapeutas capilares habilitados. No entanto, nos casos clínicos mais complexos, o acompanhamento médico é sempre o mais indicado para garantir um cuidado seguro e completo.


O que a tricologia trata?


Principais condições tratadas na prática clínica


A tricologia oferece suporte terapêutico para uma série de alterações que afetam o couro cabeludo e os fios. Entre os quadros mais frequentes estão:


  • Alopecia androgenética: a calvície de origem genética, mais comum em homens, mas que também afeta muitas mulheres;
  • Eflúvio telógeno: queda abrupta de cabelo, geralmente causada por fatores como estresse, pós-parto, cirurgias ou infecções;
  • Dermatite seborreica: quadro que provoca caspa intensa, descamação e oleosidade excessiva;
  • Psoríase do couro cabeludo: doença inflamatória que causa placas espessas e coceira;
  • Micoses e infecções fúngicas: que comprometem o couro cabeludo e interferem no crescimento saudável dos fios;
  • Foliculite dissecante e decalvante: inflamações que podem causar cicatrizes e perda definitiva de cabelo;
  • Danos por químicas: uso repetido de tinturas, alisamentos e outras agressões externas;
  • Queda associada à quimioterapia ou alterações hormonais, como menopausa e síndrome dos ovários policísticos.


De acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), mais de 42 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de calvície — um número expressivo que reforça a importância da avaliação e tratamento precoce.


E o que provoca a calvície?


A queda de cabelo provocada pela calvície tem duas origens principais: genética e hormonal.


O fator
hormonal está diretamente ligado com a produção de testosterona. No couro cabeludo, esse hormônio é convertido por uma enzima em um andrógeno chamado DHT. Ele ocasiona a morte dos fios, fazendo com que eles fiquem mais fracos, finos e claros. Esse processo é conhecido como miniaturização.


Como consequência das questões hormonais, o fator genético da calvície está relacionado justamente na predisposição que algumas pessoas têm em gerar a conexão da testosterona aos fios.


Quais são os sintomas que indicam problemas capilares?


A queda de cabelo é, sem dúvida, um dos sinais mais evidentes de que algo não vai bem. No entanto, nem sempre ela aparece sozinha. Outros sintomas que merecem atenção incluem:


  • Coceira frequente no couro cabeludo, com ou sem sinais visíveis de inflamação;
  • Oleosidade excessiva ou, ao contrário, ressecamento severo dos fios e da pele do couro cabeludo;
  • Caspas que não desaparecem mesmo com cuidados básicos;
  • Áreas com falhas ou fios mais ralos, que antes não existiam;
  • Fios quebradiços, opacos e mais finos ao toque.


Quando esses sinais se repetem ou se intensificam com o tempo,
é hora de procurar um profissional. O acompanhamento especializado ajuda a identificar a origem do problema antes que ele se agrave — o que aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.


Como é feita a avaliação na tricologia


O primeiro contato do cuidado tricologista é uma consulta para
examinar e identificar as possíveis causas de adversidades capilares, trazendo ao paciente soluções para resolvê-las.


O profissional coleta informações sobre a saúde geral do paciente, alimentação, rotina de cuidados, estresse emocional, uso de medicamentos e histórico familiar. Pontos como fatores genéticos e condição atual do couro cabeludo serão observados pelo médico, observando densidade, aspecto, sinais inflamatórios e distribuição da queda.


Em seguida, será solicitada a realização de um exame clínico para uma visualização mais detalhada do quadro. A
tricoscopia é um exame não invasivo realizado com um aparelho de aumento óptico que permite visualizar detalhes do folículo piloso e das estruturas ao redor.


Em alguns casos, é necessário investigar aspectos sistêmicos — como deficiência de ferro, alterações hormonais (como TSH, testosterona, prolactina), níveis de vitamina D, entre outros.


Passando essa etapa, com as informações coletadas na consulta e exames em mãos, o especialista consegue visualizar qual o melhor tipo de tratamento, respeitando o contexto único da pessoa.


Quais são os tratamentos utilizados na tricologia


Abordagens terapêuticas mais comuns


Os tratamentos em tricologia são sempre definidos a partir de uma avaliação cuidadosa. Cada paciente tem um histórico único, e o plano terapêutico deve considerar não só o diagnóstico, mas também o estilo de vida, os sintomas apresentados e os objetivos de cuidado. Entre os recursos mais utilizados, estão:


Produtos tópicos

Loções, tônicos e shampoos desenvolvidos com ativos específicos — como minoxidil, cetoconazol ou cafeína — que ajudam a controlar inflamações, regular a oleosidade ou estimular o crescimento dos fios.


Suplementação oral

Em muitos casos, o uso de vitaminas, minerais e aminoácidos (como ferro, biotina, zinco e L-cistina) é necessário para repor deficiências nutricionais que interferem na saúde capilar. Sempre com orientação profissional.


Intradermoterapia capilar

Técnica que consiste na aplicação de microinjeções com ativos diretamente no couro cabeludo, atuando de forma mais localizada e eficaz para estimular os folículos.


Microagulhamento

Procedimento que promove pequenas perfurações controladas na pele, ativando mecanismos de regeneração e potencializando a absorção dos ativos aplicados na região.


Laser de baixa intensidade (LLLT)

Método não invasivo que utiliza luz para melhorar a circulação local, reduzir inflamações e reativar os folículos capilares, especialmente útil em casos de queda difusa.


Cada tratamento pode ser utilizado isoladamente ou em combinação, conforme a resposta do paciente e a evolução do quadro clínico. O
acompanhamento periódico permite ajustar o protocolo conforme necessário.


A tricologia funciona mesmo?


Sim. Os tratamentos tricologistas
são eficazes, desde que baseados em um diagnóstico correto e conduzidos com responsabilidade técnica. A resposta depende de diversos fatores:


  1. Identificação clara da causa do problema
  2. Comprometimento do paciente com o tratamento
  3. Tempo de resposta fisiológica, que pode variar entre 3 a 6 meses para resultados mais visíveis
  4. Acompanhamento contínuo, com ajustes conforme o progresso


É importante destacar que a tricologia é uma área respaldada por estudos clínicos, avanços na dermatologia e evidências práticas — e
não deve ser confundida com soluções instantâneas ou promessas milagrosas sem base científica.


Tricologia é indicada para homens ou mulheres?


A tricologia atende tanto homens quanto mulheres, adaptando as abordagens conforme o perfil e as necessidades de cada um. As queixas variam de acordo com fatores hormonais, genéticos e ambientais:


Homens costumam buscar ajuda principalmente para
queda capilar e calvície hereditária, que tendem a surgir de forma mais precoce e progressiva.


Mulheres, por sua vez, enfrentam desafios como queda intensa
pós-parto, afinamento dos fios na menopausa, alterações emocionais e hormonais, além dos impactos causados por procedimentos químicos frequentes.


Independentemente do gênero, o mais importante é adotar uma abordagem personalizada, que considere não apenas os sintomas, mas o
contexto integral de saúde e bem-estar do paciente.


Quando procurar um especialista?


Agora que sabemos o que é tricologia, a pergunta que resta é: Qual o momento ideal para procurar auxílio de um especialista da área? 


O paciente deve buscar tratamento com um profissional assim que identificar os primeiros sinais de problemas no couro cabeludo. 


Não é difícil notar os sintomas que causam o enfraquecimento da saúde capilar. Portanto, é importante
estar atento a quedas, diminuição repentina de volume e mudanças no aspecto dos fios. Esses indicativos servem como um sinal de alerta para marcar uma consulta com um especialista.


Lembre-se: quanto mais cedo for identificada a complicação, mais simples será o tratamento e, consequentemente, melhores serão os resultados. 


Restou alguma dúvida?


  • O que é Tricologia e para que serve?

    Tricologia é a área da dermatologia dedicada ao diagnóstico e tratamento de problemas no couro cabeludo e nos cabelos, como queda, caspa, oleosidade e inflamações.


  • O que um tricologista pode fazer?

    O tricologista avalia as causas da queda de cabelo, alterações nos fios e no couro cabeludo, prescreve tratamentos personalizados e pode solicitar exames para investigação mais profunda.


  • Como é feito o exame de Tricologia?

    A avaliação inclui anamnese, inspeção visual dos fios e couro cabeludo, tricoscopia (exame com lente de aumento) e, em alguns casos, exames laboratoriais para complementar o diagnóstico.


  • Quais exames o tricologista pede?

    Exames de sangue são comuns, como hemograma, ferritina, TSH, vitamina D, zinco e hormônios, dependendo dos sintomas e histórico do paciente.


  • Tricologia trata somente a queda de cabelo?

    Não. A tricologia também trata condições como dermatite seborreica, psoríase, infecções fúngicas, foliculites, danos por química e alterações estruturais nos fios.

  • Quando devo procurar um tricologista?

    Ao notar sinais como queda persistente, coceira, caspa resistente, falhas no couro cabeludo ou fios afinando, é indicado procurar um profissional especializado em tricologia para diagnóstico precoce.

  • Qual a diferença entre um tricologista e um Dermatologista?

    Todo dermatologista pode atuar como tricologista, desde que tenha formação específica. Já terapeutas capilares não são médicos e não podem diagnosticar ou prescrever medicamentos.


  • Quais são os tratamentos mais comuns na tricologia?

    Os mais usados incluem loções tópicas, suplementação oral, intradermoterapia, microagulhamento e laser de baixa intensidade, conforme a necessidade de cada caso.


  • Quanto custa uma Tricologia capilar?

    O valor da consulta ou avaliação tricologista varia dependendo da cidade e da qualificação do profissional. Tratamentos têm custos adicionais.


  • Homens e mulheres podem fazer tratamento tricologista?

    Sim. A tricologia é indicada para todos os gêneros, adaptando o tratamento conforme o perfil hormonal, genético e comportamental de cada paciente.


  • Tricologia resolve calvície genética?

    Embora não exista cura para a calvície genética, a tricologia ajuda a estabilizar a queda, fortalecer os fios remanescentes e retardar a progressão do quadro.


  • Quanto tempo leva para ver resultados com tratamento tricologista?

    Os resultados começam a aparecer, em média, entre 3 a 6 meses após o início do tratamento, dependendo do quadro, da resposta individual e da adesão ao protocolo recomendado.


  • A saúde emocional pode influenciar nos problemas capilares tratados pela tricologia?

    Sim. O estresse emocional impacta diretamente o ciclo de crescimento dos fios, podendo desencadear quadros como o eflúvio telógeno. A tricologia considera fatores emocionais no diagnóstico e tratamento.


  • Tricologia pode identificar doenças sistêmicas a partir de sinais no couro cabeludo?

    Sim. Alterações capilares podem ser reflexo de problemas como distúrbios hormonais, anemia, disfunções da tireoide e até doenças autoimunes, exigindo uma avaliação mais ampla.


  • É possível prevenir problemas capilares antes que eles apareçam?

    Sim. A tricologia também atua de forma preventiva, com orientações sobre cuidados diários, alimentação, escolha de cosméticos e acompanhamento regular da saúde capilar.


  • Tricologia é indicada mesmo quando não há queda de cabelo?

    Sim. A abordagem tricologista também é útil para tratar oleosidade excessiva, caspa, sensibilidade no couro cabeludo, alterações nos fios e manutenção da saúde capilar.


  • Tricologia pode ser aliada em momentos de transição capilar, como pós-parto ou menopausa?

    Sim. Fases como o puerpério e a menopausa costumam impactar diretamente a saúde capilar, e a tricologia oferece tratamentos específicos para minimizar os efeitos dessas mudanças hormonais.


Dermatologia clínica, estética e cirúrgica | Dra. Gláucia Labinas


Após entender o que é tricologia, fica claro a importância dessa área para a saúde capilar. Por isso, caso você se identifique com algum dos problemas detalhados nesse texto, procure o auxílio de um dermatologista especializado em tricologia.


A
gende uma consulta com a Dra. Gláucia Labinas, especialista em dermatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Acesse esse link e agende agora a sua consulta!


Continue acompanhando o
blog para saber mais como lidar com diversas condições dermatológicas.

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