Entenda porque a dermatologia humanizada é o futuro

Dra. Gláucia Labinas • 7 de agosto de 2018

O que é a medicina humanizada?

Quando o psiquiatra alemão Johann Christian Heinroth, no início do século XIX, cunhou a expressão “doença psicossomática”, ele estava, finalmente, estabelecendo uma relação direta entre determinadas doenças e as emoções de um indivíduo.

Muitas décadas teriam que passar, até que no início dos anos 2000 a Assembleia Mundial de Saúde publicasse a Resolução nº 101, cujo principal objetivo era ampliar a definição de saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde), para defini-la como “um estado dinâmico de total bem-estar físico, mental, espiritual e social”.

Essa alteração foi bastante significativa, pois estimulava um novo conceito dentro da medicina: o conceito de Medicina Humanizada, que na dermatologia, por exemplo, significa uma investigação acerca das influências do emocional nos transtornos da pele.

Em poucas palavras, é o estímulo à ideia de uma medicina não apenas reativa, mas baseada em valores humanos, segundo os quais um indivíduo não é apenas um portador de determinada moléstia a ser curada, mas uma potência que deverá ser preservada, por meio de prevenção, atenção, amor, entre outros valores espirituais.

Qual a importância da medicina humanizada?

A importância da medicina humanizada, até mesmo em áreas como a dermatologia, está no fato de que inúmeros estudos já comprovaram a influência de fatores emocionais nas manifestações físicas em um indivíduo.

Hoje a ciência já descobriu, por exemplo, como o sistema límbico responde às nossas vivências e experiências cotidianas; e como, por sua vez, ele controla o sistema nervoso autônomo — responsável pelo funcionamento dos órgãos do corpo humano.

O nosso sistema imunológico é outro que possui um papel fundamental para a saúde. A sua capacidade de alterar determinadas funções cerebrais (e ser alterado por elas) está bastante relacionada com o nosso sistema neuroendócrino e, obviamente, com todas as informações, emoções e necessidades captadas pelo cérebro.

Logo, fica evidente o poderoso efeito de uma medicina humanizada no tratamento de praticamente todos os distúrbios que acometem o organismo humano. E, nesses casos, atendimentos mais demorados, uma relação mais estreita com o paciente e a análise do seu estilo de vida acabam sendo fundamentais para a preservação e ativação dessas regiões cerebrais tão importantes para a cura de doenças.

A dermatologia e a medicina humanizada

Uma das áreas mais simpáticas a uma adaptação à medicina humanizada é a dermatologia, especificamente, a área conhecida como “psicodermatologia”.

Ela trata, especialmente, das diversas afecções cutâneas que geralmente são o resultado de determinados estados emocionais.

As dermatoses psicossomáticas são exemplos disso. Doenças como dermatite artefacta, distúrbio dismórfico corporal, vitiligo, psoríase, dermatite seborreica, entre outras, são conhecidas como “moléstias psicodermatológicas”, reconhecidamente desencadeadas por distúrbios de ansiedade, depressão, estresse, entre outras doenças de ordem mental.

Mais do que curar transtornos relacionados com a pele, o profissional deve ser capaz de ajudar o indivíduo do ponto de vista emocional a lidar, socialmente, com esses tipos de distúrbios, ao passo que lhe ensina o melhor caminho para evitar aquelas que são manifestações de caráter tipicamente emocional.

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